A Ciropédia de Xenofonte

Com o livro A Ciropédia de Xenofonte – um romance de formação na Antiguidade, Emerson Cerdas tenta demonstrar que a importância da "Ciropédia", escrita pelo soldado e escritor grego Xenofonte (c. 430-355 a. C.), não está apenas em suas eventuais relações com o gênero romance, mas no fato de poder ser lida como um romance mesmo, gênero que, para Bakhtin, embora tenha se estabelecido no seu formato atual na Modernidade, é, enquanto discurso, fruto de um longo desenvolvimento histórico, cujo início remonta à Antiguidade.
Cerdas atravessa o cipoal que se criou em torno da "Ciropédia", que por tratar de um tema histórico – a vida do imperador Ciro da Pérsia – com liberdade, manipulando ficcionalmente o material histórico conhecido, tem sido consignada nos últimos dois séculos como historiografia, romance filosófico, biografia romanceada, romance didático, entre outras classificações, o que prejudicou muito sua fama.
Apreciadíssima na Antiguidade e no Renascimento, a "Ciropédia" acabaria desvalorizada em nossos tempos como uma obra tediosa, confusa e idealista. Quando, para Cerdas, trata-se de um "romance de formação" com graça e fascínio naturais, e que, enquanto tal, ergue-se como obra de capital importância para o nascimento do gênero que séculos depois passaria a ser conhecido como romance.

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Emerson Cerdas

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