Educadora identifica fatores que restringem o espaço do brincar de crianças de 6 e 7 anos

Segundo a teoria histórico-cultural, o processo do brincar é um grande aliado na construção do conhecimento sobre o mundo, possibilitando leituras sobre ele. Entretanto, o que tem ocorrido hoje na escola de educação infantil é a substituição das brincadeiras tradicionais pelo uso excessivo de atividades dirigidas ao processo de alfabetização. Paralelamente a isso, foi anunciado o recente parecer do Conselho Nacional de Educação, que prioriza a alfabetização sem considerar as particularidades de cada criança. Fundamentado na perspectiva histórico-cultural, o lançamento do selo Cultura Acadêmica Cadê o brincar? busca identificar as características do brincar de crianças nas idades de 6 e 7 anos, período que é marcado pela passagem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental. Além disso, a autora Flávia Barros analisa as maneiras que os educadores utilizam os espaços para o brincar, para encontrar os fatores que delimitam esta prática. De acordo com Flávia Cristina, a escolha desta faixa etária deve-se ao fato de que as instituições de ensino reduzem, cada vez mais, os espaços que seriam destinados ao brincar. Desta forma, tanto a Educação Infantil como o Ensino Fundamental trabalham o processo de preparação da criança para a alfabetização, priorizando o uso do material apostilado de ensino em detrimento dos espaços destinados ao brincar. Cadê o brincar? discute as fontes documentais, a história do brincar, a prática pedagógica de professores, supervisores e coordenadores, além da escuta de diversas linguagens infantis, oferecendo novas maneiras de ver e compreender a criança em suas especificidades. Sobre a autora – Graduada em Pedagogia com habilitação em Educação Infantil pela Unesp, câmpus de Marília (2003). Especialista em Educação Inclusiva (Uenp/Fafija), de Jacarezinho, mestre em Psicologia na linha de Infância e Realidade Brasileira (Unesp/Assis). Suas pesquisas têm como foco de análise a Educação Infantil na contemporaneidade sendo estruturadas pela teoria historico-cultural de Vygotsky. Foi integrante (2004-2007) e pesquisadora do grupo de pesquisa Leitura e Ensino Uenp/Fafija (Cnpq). É membro do grupo de pesquisa Implicações Pedagógicas da teoria histórico-cultural (Unesp/Marília) e pertence ao grupo gestor (inicio das atividades em 2010) do Fórum Paulista em Defesa da Educação Infantil.

Deixe um comentário

Dermatologia ganha seu primeiro dicionário produzido a partir de modelos linguísticos

8 de novembro de 2017

Análise sobre processo educativos para trabalhadores da Saúde desvenda as particularidades do SUS

8 de novembro de 2017

Deixe um comentário