A autora analisa as interpretações construídas por parte da imprensa brasileira sobre os Estados Unidos e a Argentina nos últimos anos de vigência do regime monárquico, focando particularmente os jornais “A Província de São Paulo”, que representava a elite política, econômica e cultural associada à campanha republicana, e o “Jornal do Commercio”, periódico monárquico-conservador, sediado no Rio de Janeiro, a capital imperial, que gozava de grande prestígio.
A autora optou por analisar esses países porque, no conjunto de países americanos, ambos tiveram especial destaque nos periódicos analisados.
Ela observa que a cobertura dos Estados Unidos se justificava por ser aquele país um parceiro comercial importante do Brasil, que representava consistente mercado consumidor para seu principal produto, o café, e, ainda, em consequência da admiração que vários setores da sociedade brasileira expressavam por seu crescimento acelerado. A Argentina era acompanhada de perto porque interessava enormemente ao Brasil entender os fatos que se desencadeavam no território vizinho, em especial no âmbito político e militar. A imprensa do período, porém, também enfatizou o crescimento econômico argentino.
A imprensa refletiu as posições de grupos políticos distintos a respeito dos Estados Unidos e da Argentina, muitas vezes antagônicas. E acabaria por divulgar o debate de suas propostas sobre o lugar que o Brasil deveria ocupar na América e sobre a forma ideal de governo para o país.
Vozes do império: Estados Unidos e Argentina no debate político da imprensa brasileira (1875-1889)
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Autor | Paula da Silva Ramos |
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