Esta obra busca compreender como se articula a construção de uma identidade nacional (brasileira), entre os anos de 1893 e 1900, período das disputas territoriais entre Brasil e França, na fronteira do Estado do Amapá com a Guiana Francesa. Para tanto, inscreve-se nos estudos semióticos greimasianos e estabelece diálogo com a geografia, particularmente acerca dos conceitos de território e fronteira e seus correlatos. Nesse diálogo, o ponto em comum entre as duas áreas é o território como construção, humana e linguística. Olhando para a construção do Território Contestado, como ficara conhecida a região disputada entre brasileiros e franceses, procurou-se observar, no conjunto de textos analisados, as diferentes práticas instauradas no espaço, bem como a relação dos sujeitos com ele, visto que é nessa relação que o território ganha vida, a partir das distintas práticas espaciais que lhe sobrevêm. Como produto da enunciação, o território assume a forma de um acontecimento sensível e observável, atravessado, nessa construção, pela tensividade que o funda. Desse modo, compreende-se o processo de construção do território no conjunto de enunciados de onde ele emerge, tomando o enunciado como o produto resultante da enunciação, lugar em que as marcas de identidade do território se inscrevem, e a relação entre sensível e inteligível afeta o sujeito.
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Território e identidade
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Autor | Geiza Gimenes Saraiva |
Coleções | PROPG |

Território e identidade
A descoberta do ouro nas disputas entre o Brasil e França
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Autor | Geiza Gimenes Saraiva |
Coleções | PROPG |
Geiza Gimenes Saraiva
Doutora em Linguística e Língua Portuguesa, pela Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Mestra em Letras, na área de Estudos Linguísticos, com ênfase na teoria da Análise do Discurso, pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Especialista em Linguística do Texto, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e graduada em Licenciatura Plena em Letras, pela Universidade Federal de Mato Grosso. Participa do Grupo de Pesquisa em Semiótica da UNESP (GPS-UNESP) e do LESEM (Grupo de leitura em Semiótica - UNESP). É integrante do grupo de pesquisa "Estudos da Significação: Nomes Próprios", pela Universidade do Estado de Mato Grosso.