O presente livro se concentra no estudo do Sistema de Justiça Criminal, através da análise dos mecanismos que se articulam por meio das práticas e discursos empregados pelas respectivas instituições e seus agentes. Situei o debate dentro da perspectiva de gênero, problematizando as representações e demandas das mulheres que chegam até o referido sistema de controle, dando enfoque aos cenários e atividades empreendidas pelas personagens atuantes na Delegacia de Defesa da Mulher. Sendo essa instituição um cenário rico na criação de interações subjetivas e relações de poder inerentes ao Sistema de Justiça Criminal, pretendi, a partir desse recorte, mapear o padrão normativo e institucional produzido pelas personagens que ali atuam, sejam elas policiais, escrivãs, delegadas, etc. Para tanto, foi empregada a metodologia empírica-indutiva de abordagem qualitativa, a partir de pesquisa de campo na Delegacia de Defesa da Mulher, buscando a observação de caráter etnográfico com anotações de campo, alinhada à cartografia deleuziana, utilizando, inclusive, imagens e ilustrações. Parti, enfim, do pressuposto de que a possibilidade desses deslocamentos discursivos reflete que o direito não é um aparelho fechado em si mesmo, mas aberto a reposicionamentos e reconstrução de identidades, criando subjetividades e posições do sujeito, delimitando espaços, formas de linguagem e respostas às pessoas que provocam o sistema jurídico.
Detalhes de: O que tem do outro lado da porta?

O que tem do outro lado da porta?
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Páginas | |
Formatos | |
Dimensões | 14×21 |
Autor | Luciana de Freitas |
Coleções | PROPG |

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Delegacia de Defesa da Mulher e acesso à justiça
SKU: 9786559541546 Categorias: Direito, PROPG Tags: Acesso à Justiça, Delegacia de Defesa da Mulher, Etnografia, Gênero, Sistema de Justiça Criminal
ISBN | |
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Ano | |
Páginas | |
Formatos | |
Dimensões | 14×21 |
Autor | Luciana de Freitas |
Coleções | PROPG |
Luciana de Freitas
Luciana de Freitas é bacharela e mestra em Direito pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). Pós-graduada em Processo Penal pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCRIM) em parceria com o Instituto de Direito Penal Económico e Europeu (IDPEE), da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Pós-graduada em Ciências Criminais pela Faculdade de Direito de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo (FDRP-USP). Tem interesse e experiência em Criminologia, Antropologia Jurídica, Direito Penal e Direito Processual Penal, além de estudos interseccionais entre Gênero e Sistema de Justiça Criminal.