A obra centra-se no estudo das políticas públicas impostas pelo imperialismo para a educação dos camponeses e das relações semifeudais e semicoloniais do capitalismo burocrático brasileiro. A autora identifica as políticas do Banco Mundial, como os programas do Fundescola presentes nos municípios de Rondônia e seus fundamentos neoprodutivistas propagados no Brasil pelo ideário pós-moderno, a partir da década de 1990 e discute as consequências do fechamento das escolas multisseriadas no campo rondoniense e as políticas de formação de professores implantadas arbitrariamente pelo exercício do coronelismo. O estudo demonstra que as pedagogias do campo propostas pelo Movimento Por uma Educação do Campo foram construídas em parceria com órgãos do imperialismo, são ecléticas, pragmáticas e não diferem da educação burguesa pós-moderna imposta pelo imperialismo às semicolônias. Constituem-se numa ação programada do revisionismo atrelado à reação para impedir que avance a luta no campo, pois está comprovada historicamente a combatividade dos camponeses e sua importância no processo revolucionário. A autora defende uma educação científica que esteja plenamente a serviço dos trabalhadores do campo e da cidade, combinada com o trabalho produtivo, a fim de formar o ser humano integralmente. Mas para que isso seja possível é preciso romper com o imperialismo e as bases do capitalismo burocrático num avançado processo de Revolução de Nova democracia ininterrupta ao socialismo.