Preso em 1926 pelo regime fascista de Mussolini, Antonio Gramsci permaneceu recluso durante 11 anos. Foi durante esse período que o então deputado e secretário-geral do Partido Comunista Italiano escreveu seus Cadernos do Cárcere, um apanhado de escritos marcados pela fragmentação e com passagens consideradas herméticas, cuja interpretação ainda hoje suscita discussões entre os estudiosos de sua obra.

A partir dos Cadernos, o cientista social Geraldo Magella Neres analisou a teoria gramsciana, que compara o partido revolucionário ao “moderno Príncipe”, em referência ao célebre livro de Nicolau Maquiavel, do século XVI. Gramsci vê em ambos a função histórica da construção de uma nova ordem – o príncipe-condottiere como configurador do Estado unificado, embrião político da civilização burguesa, e o “partido-príncipe”, artífice da hegemonia proletária.

Para analisar a formulação gramsciana de partido revolucionário, o autor explora o pensamento do intelectual italiano – que nos Cadernos desenvolve ideias formuladas anteriormente – confrontando-o com as concepções de outros protagonistas do movimento comunista dos anos 1900, como Lênin e Rosa de Luxemburgo. A obra também expõe a evolução das teorias sobre o conceito de partido político na história da civilização ocidental.

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Geraldo Magella Neres

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