Não é possível pensar em características da espécie humana sem considerar a capacidade de produzir artifícios e artefatos, que ela desenvolveu durante seus vários trajetos evolutivos. A diferença mais visível em relação aos demais seres da Natureza é a capacidade inata que o Homem adquiriu, de pensar, de falar, de criar relações sociais perenes e, sobretudo, de criar artefatos e de produzir continuamente bens culturais, materiais e simbólicos. A atual espécie Homo sapiens sapiens foi sendo talhada em seu longo caminho pelo Homo loquens, o primeiro hominídeo falante, depois pelo Homo faber, um hominídeo habilidoso que aprendeu a usar as mãos para fazer objetos práticos e abstratos. O que mudou de lá para cá foi a imensa progressão do ciberespaço, que vem agindo como o agente catalisador que motiva a convergência tecnológica e a digitalização (por razões comerciais), entre todas as tecnologias eletroeletrônicas existentes. A disseminação da internet sem fio, “portátil”, liberta da dependência do computador, deverá multiplicar universalmente o número de usuários.