Traçar um paralelo entre os espaços antropológicos e os tempos da Ciência da Informação, mostrando suas aproximações, é o objetivo dessa obra. A autora parte dos conceitos de Pierre Lévy dos espaços Terra, Território, Espaço das Mercadorias e Espaço do Saber, com ênfase nos dois últimos, para analisar até que ponto eles podem ser utilizados como plano de fundo para a compreensão dos diferentes tempos da Ciência da Informação, por meio de seu percurso e evolução.
O Espaço do Saber é definido por Lévy como o espaço antropológico no qual a inteligência coletiva se manifesta, na medida em que nele as relações humanas têm como referência a valorização dos sujeitos e suas habilidades e o compartilhamento do conhecimento. Esse encontro se dá no ciberespaço, formado pela rede mundial de computadores e pelos seres humanos que a navegam e a alimentam. Assim, a Ciência da Informação tem como foco o humano e suas relações com as informações, o que se dá por meio da tecnologia que as armazena e as transmite.
Para a autora, o Espaço do Saber oferece meios mais justos e igualitários para a valorização das competências individuais e o compartilhamento de informações. No entanto, a complexidade de necessárias mudanças políticas e educacionais e, ainda, as dificuldades encontradas para a democratização da infraestrutura tecnológica impedem que esse espaço antropológico se efetive plenamente.
No entanto, ela acredita que o espaço atual, em fase de construção, já traz mudanças “reais e perceptíveis”: “Por isso, a Ciência da Informação deve se ater a esse novo contexto que a ela se apresenta, necessitando ser para isso tão dinâmica quanto os indivíduos do Espaço do Saber e do tempo do conhecimento interativo”.
A ciência da informação e os espaços antropológicos
Uma aproximação possível?
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Autor | Angela Halen Claro Bembem |
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