O trabalho tem por objetivo demonstrar como o lobby dos produtores de etanol influenciou na definição da política agrícola e energética dos Estados Unidos na última década e, de maneira mais ampla, como a defesa dos interesses dos agentes econômicos domésticos pode influenciar nos rumos do comércio internacional.
O livro levanta quais são os grupos de interesse ligados ao etanol, seu modo de atuação – tanto na esfera da política interna quanto da externa -, suas principais entidades representativas e suas estratégicas de curto e médio prazo.
Para a autora, o lobby dos produtores americanos foi altamente eficiente na década passada, visto que os Estados Unidos atualmente lideram a produção mundial de etanol, ali baseada no milho. O nível de consumo anual do produto subiu de cerca de 1 bilhão para mais de 13 bilhões de barris, acompanhando o aumento da produção. Nesse mesmo período, as importações líquidas foram quase nulas, com o mercado americano permanecendo praticamente fechado para outros produtores, como o Brasil.
De acordo com a pesquisa, os subsídios e os programas governamentais de incentivo também contribuíram para que os produtores americanos desenvolvessem tecnologia mais eficiente e aumentassem a margem de lucro.